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OS ANIMAIS PODEM PREVER TERREMOTOS

Em 1975 os funcionários da cidade chinesa de Haicheng foram surpreendidos pelo comportamento anormal dos animais e resolveram evacuar a cidade de 90 mil habitantes. Pouco depois um terremoto de escala 7.3 atingiu a cidade destruindo 90% dos edifícios. Não fosse o aviso dos animais e a sensibilidade dos referidos funcionários, a tragédia teria atingido grandes proporções humanas.

O caso não é o único nem a primeira vez que animais detectam antecipadamente a ocorrência de catástrofes naturais. Talvez o caso mais famoso tenha sido o do Tsunami, quando horas antes do maremoto os animais fugiram procurando locais distantes das praias.

Apesar da grande evidência e mesmo comprovação prática da sensibilidade dos animais em prever as catástrofes, a ciência mantém-se céptica sobre o assunto e continua permitindo que milhares de vidas humanas se percam apesar do aviso constante dos animais. Nada de novo. A preferência da ciência ainda é por teorias abstratas muitas vezes errôneas e derrubadas pela própria ciência mal acabam de aparecer. Quem não se lembra de alguma teoria alardeada há uns dez anos atrás e agora totalmente descartada!

O recente terremoto ocorrido dia 12 de maio na província chinesa de Sichuan trouxe novamente ao público a interessante intervenção dos animais e mais uma vez e lamentavelmente a descrença dos humanos que não levaram a sério o aviso dado pelos animais.

Segundo “Fu Wenran”, sobrevivente do terremoto de 28 de julho de 1976, os cães ladraram durante horas antes do terremoto. “Os animais tentavam nos dizer alguma coisa. Se tivéssemos sabido, não teria morrido tanta gente”, diz ele em matéria da agência AFP.

Não só para Fu Wenran como para todas as pessoas que entendem, conhecem e amam os animais, não levá-los em conta ou não prestar-lhes atenção, tem sido o grande erro e o motivo direto da morte de milhares de pessoas que certamente poderia ter sido evitado.

Por incrível que pareça mesmo nessa terra de incríveis maus tratos aos animais, que é a China, estes não deixaram de dar seu aviso, certo e incontestável, embora não levado em consideração. Com o desequilíbrio ecológico provocado pelo homem, a tendência é o surgimento cada vez mais freqüente de catástrofes naturais de grande magnitude. As mortes continuarão acontecendo aos milhares enquanto os homens de ciência não admitirem a infalível e maravilhosa sensibilidade dos animais. De nada adiantou toda a tecnologia, pois está não alertou ninguém do que ia acontecer. Simples animais previram, mas os humanos não quiseram ouvir.

O que dizem os cientistas:
Os cientistas podem detectar alguns sinais que mostram as possibilidades de um terremoto, como as pressões sísmicas, modificações dos campos magnéticos, inclinação do solo, etc. Mas todas estas técnicas não permitem prever com exatidão se acontecerá e quando o terremoto. Os animais, além de saber o que vai acontecer, sabem quando e dão o aviso com horas de antecedência. Pesquisadores estudam como os cães parecem saber dos terremotos horas antes dos primeiros tremores. Mas não estão bem certos de como isso acontece. Horas antes os cães começam a andar de um lado para o outro, ficam inquietos e latem para o vazio. Em alguns casos tentam fugir do lugar. Segundo o veterinário PhD Robert Eckstein, estudioso do comportamento animal no departamento de biologia da Warren Wilson College, em Asheville, Estados Unidos, “Eles sentem aspectos do mundo real que nós não temos conhecimento.” O incrível é que mesmo diante de tantas comprovações as autoridades ainda permitem que pessoas morram simplesmente porque não querem acreditar nos animais.

Pequeno histórico do aviso dos animais:
Em 28 de fevereiro de 2001, um grupo numeroso de gatos se escondeu sem motivo aparente 12 horas antes de um terremoto – que chegou a 6.8 na escala Richter – atingir a área de Seattle. Uma ou duas horas antes, outros animais se comportaram de forma ansiosa ou “enlouquecida”, enquanto alguns cães latiram desesperados antes do terremoto chegar. Até mesmo cabritos e outros animais demonstraram sinais de temor.

No grande terremoto de Lisboa em 1755, o filósofo alemão Immanuel Kant observou que uma multidão de minhocas foi vista sair do subsolo perto de Cadiz, ao Sul da Espanha, oito dias antes do desastre atingir a cidade portuguesa.

Em 25 de junho de 1966, os moradores da cidade de Parkfield, na Califórnia, Estados Unidos, foram invadidos por cobras cascavéis. Eles não entendiam por que os répteis fugiram das colinas. A resposta chegou dois dias depois quando a área foi atingida por um terremoto.
Na noite anterior ao terremoto de Sylmar, em 9 de fevereiro de 1971, diversas patrulhas policiais descreveram haver visto um grande número de ratos correndo pelas ruas de San Fernando, na Califórnia, Estados Unidos. A polícia também recebeu numerosas reclamações de cachorros latindo e uivando durante várias horas antes que o terremoto acontecesse às 6h01min.

Em 22 de fevereiro de 1999, pequenos antílopes fugiram da região montanhosa austríaca do Tyrol para os vales, algo que eles não costumavam fazer. No dia seguinte, uma avalanche devastou a vila austríaca de Galtur no Tyrol, matando dezenas de pessoas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas famílias na Grã Bretanha e Alemanha se preveniam dos ataques aéreos observando o comportamento dos seus animais de estimação. Estes sinais de alerta aconteciam quando os aviões inimigos ainda estavam a centenas de quilômetros de distância, muito antes que os animais pudessem ouvi-los. Em Londres, alguns cães podiam até prever a explosão dos foguetes alemães V-2. Estes mísseis eram supersônicos e não podiam ser escutados com antecedência. Leonardo Bezerra

Assista ao vídeo com as notícias do terremoto onde muitas vidas poderiam ter sido salvas se a cidade tivesse sido evacuada com antecedência segundo o aviso dos animais.



Escala Richter: Efeitos do terremoto

De 0,0 a 1,9
Não é sentido. O tremor de terra pode ser detectado apenas por sismógrafos
De 2,0 a 2,9
Não é sentido, no entanto objetos pendurados podem balançar
De 3,0 a 3,9
Comparável à vibração de um caminhão passando próximo
De 4,0 a 4,9
Pode quebrar janelas e derrubar objetos pequenos ou desequilibrados
De 5,0 a 5,9
Ocasiona pequenos danos em edificações. A mobília se move reboco da parede cai.
De 6,0 a 6,9
Dano a construções fortes, dano severo a construções fracas
De 7,0 a 7,9
Terremoto de grande proporção. Prédios saem das fundações; rachaduras surgem na terra, tubulações subterrâneas se quebram
De 8,0 a 8,9
Terremoto muito forte. Pontes se rompem; poucas construções resistem de pé. Não há um limite para a escala, mas, de 8 graus em diante, os efeitos devastadores são sentidos em um raio de centenas de quilômetros.
Acima de 9,0
Destruição quase total; ondas se movendo pela terra são visíveis a olho nú. Os efeitos de cada abalo sísmico variam bastante devido à distância, às condições do terreno, às condições das edificações e de outros fatores.




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