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PESSOAS QUE FAZEM DE TUDO PELA CAUSA ANIMAL


Cada vez mais cresce a consciência mundial para a causa animal. É quase rotina observar-se a cada semana que em alguma parte do mundo alguém está fazendo algo drástico ou inusitado para chamar a atenção sobre a defesa dos animais. Essas manifestações não são feitas como no passado por alguma pessoa maluca e isolada, mas dessa vez normalmente por pessoas instruídas e de bom nível social incluindo aqui até artistas famosos e milionários.

Claro que sempre paira a dúvida entre os defensores verdadeiros. “Será que quando um artista ou personalidade faz algo para chamar a atenção, como tirar a roupa, por exemplo, é mesmo para chamar a atenção sobre a causa animal?” Com dúvida ou sem ela o importante é que tem despertado a mídia e em conseqüência a população.

A manifestação pública de uma personalidade tem um poder incrível sobre as pessoas. Se elas dizem que é importante respeitar os animais, combater o uso de peles, não caçar baleias e tudo o mais, a população assume esse mesmo pensamento.

Personagem pública ou não que assume essas atitudes também só tem a ganhar. Além de maior popularidade, um ar de bonzinho e protetor sempre é bem visto por todos.

Nesta semana, além das famosas que protestaram cada uma a sua maneira, um fato que chamou a atenção foi um caso no Chile em que uma manifestante da organização “Anima Naturalis” permaneceu enjaulada em praça pública por 12 horas em protesto contra o uso de animais em circos. O ato faz parte da campanha “Circos sem animais” que mostra ao público a crueldade por que passam os animais de circos privados de liberdade, em estreitas jaulas que lhes tiram os movimentos, sem alimentação e sujeitos aos maus tratos nos treinamentos.

Um caso inusitado

Uma norte-americana de 19 anos teve uma idéia bastante inovadora e incomum para protestar contra a dissecação de animais nas escolas. Simplesmente mudou seu nome oficialmente de Jennifer Thornburg para CoutoutDissection. com, endereço de um site “cortem as dissecações”, página filiada ao grupo Pessoas pela Ética no Tratamento dos Animais (PETA), que se manifesta contra as dissecações.

Mesmo com a mudança legal de nome, a maioria de seus familiares continua a chamá-la de Jennifer. Seu pai, Duane Thornburg, diz que vai demorar em se acostumar com o nome, mas que respeita e entende o que ela fez.

Segundo a estudante, o motivo principal que a levou a esta atitude extrema, teve início quando teve que cortar a asa de uma galinha durante uma atividade escolar. Assim começou a protestar e a criar matérias alternativas em seu colégio para os estudantes que não concordavam com a idéia do uso de animais.

Grupos radicais

Os tradicionais e mundialmente conhecidos, Greenpeace e Sea Shepherd, encontram agora em todo o mundo colegas igualmente radicais e de peso. Claro que cada um a sua maneira, nem sempre com navios e operações arriscadas, mas nem por isso menos importantes. Um grande exemplo é o PETA Pessoas pela Ética no Tratamento dos Animais. Dirigido pela inglesa Ingrid Newkirk e com sede em Norfolk, Virginia, Estados Unidos, a organização fundada em 1980 sendo hoje a maior do mundo com mais de 800 mil membros, consegue chamar a atenção para sua causa com atos que provocam tumultos e campanhas publicitárias. É comum aparecer em meio a desfiles de moda provocando grande irritação em organizadores e transformou-se mesmo no terror daquelas pessoas que ainda tem o descaramento de usar peles. Um de seus atos mais brilhantes, por exemplo, foi quando seus membros tiraram a roupa diante da Casa Branca e gritaram “prefiro andar nu a usar peles”.

Um grupo que vem ganhando destaque entre os defensores é o Igualdad Animal, da Espanha, cuja finalidade é abolir a escravidão animal, conseguindo que os demais animais sejam considerados iguais que os humanos e respeitados como tais. Esse pensamento leva ao questionamento do especismo, a discriminação dos animais unicamente por serem de outra espécie mesmo sabendo-se que sentem o mesmo que nós humanos. Essa organização está presente na Espanha, Peru, Venezuela e Colômbia, mas suas atividades ficam centradas em Madrid e Barcelona. Promovem atos que tentam conscientizar a sociedade sobre as injustiças cometidas contra os animais aos usá-los como comida, diversão, produtos, etc. É uma organização que passou a incomodar de maneira mais radical aqueles que usam e maltratam os animais como as touradas. Através de uma modalidade chamada “resgate aberto”, onde são libertados do cativeiro alguns animais mesmo diante de grande risco para os participantes da ação, chama a atenção mundial para a libertação da escravidão animal.

Na medida em que o ser humano vai evoluindo, felizmente em alguns casos para melhor, chega inevitavelmente na questão animal. Se for uma pessoal que realmente cresceu intelectualmente chega à conclusão de que é um barbarismo escravizar e causar qualquer espécie de dano aos animais. Passa imediatamente de neutro ou indiferente a defensor. É uma pura questão filosófica e de ética, não há outra saída. O que acontece é que nem todos chegam no momento a esse grau de percepção natural, pois isso depende de uma série de fatores. É algo semelhante ao que foi explicar a um senhor de escravos de séculos passados o erro que é a escravidão. De toda maneira é bastante significativa a quantidade de pessoas e organizações que chegaram à verdadeira e simples conclusão da libertação animal. Leonardo Bezerra

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