Uma das eleições mais disputadas está acontecendo nos Estados Unidos nesta semana. Desde o início, cada detalhe por mínimo que pareça teve relevância no que tange a preferência dos eleitores. Neste sentido, a vida particular dos dois candidatos vem sendo praticamente vasculhada por um lado em busca de algo favorável que atraia o eleitor, por outro, algo desagradável no concorrente que faça o eleitor mudar de idéia. Neste sentido é que entra aqui a questão dos animais. Obama, o candidato preferido não tem animais. Por outro lado seu rival McCain tem vários animais de estimação, incluindo o springer spaniel inglês Sam, o vira-lata Coco, as tartarugas Cuff e Link e o gato Oreo, além de um ferret, três periquitos e vários peixes de água salgada. Se a escolha dependesse do gosto pelos animais McCain ganharia facilmente, pois Associação Americana de Fabricantes de Produtos para Animais calcula que os americanos tenham em suas casas 88 milhões de gatos e 75 milhões de cães o que significa que em 63 por cento das casas americanas há um animal de estimação. O negócio é tão sério que foi até mesmo encomendada uma pesquisa entre 13 e 23 de junho à AP-Yahoo News que entrevistou 1759 pessoas com uma margem de erro de 2,3 pontos percentuais. Em ambos os grupos McCain tem vantagem sobre Obama: 43% a 34% entre os donos de cães e 41% a 38% entre os donos de gatos.
Alguns números da pesquisa:
Todos os donos de pets
McCain - 42%
Obama - 37%
Nader - 3%
Outros - 3%
Indecisos - 14%
(Margem de erro: 2,9 pontos, para mais ou para menos)
Quem não possui animais
Obama - 48%
McCain - 34%
Nader - 3%
Outros - 3%
Indecisos - 12%
(Margem de erro: 4,1 pontos, para mais ou para menos)
Donos de cães
McCain - 43%
Obama - 34%
Nader - 3%
Outros - 3%
Indecisos - 12%
(Margem de erro: 3,6 pontos, para mais ou para menos)
Donos de gatos
McCain - 41%
Obama - 38%
Nader - 3%
Outros - 4%
Indecisos - 14%
Por outro lado, aqueles que não tem animais de estimação com certeza preferem Obama. Claro que se depender desse ponto de vista a indústria da carne e produtos derivados de animais preferem o referido candidato. Isto porque quem é apegado aos animais é mais sensível ao entendimento do sofrimento animal, seus direitos e enfim tudo que se refere à vida. Num país que é o maior consumidor de carne do mundo e também o que mais usa e abusa da indústria animal desde a comercialização da carne até as experiências com animais, certamente um candidato que não manifesta interesse por animais vem bem a calhar.
De toda maneira, Obama teve a chance de equiparar-se ao seu concorrente. O PETA A Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) enviou uma carta ao candidato democrata à Casa Branca, pedindo que ele adote um animal vira-lata em vez de um animal de raça. Ele respondeu que após as eleições de 4 de novembro, quando ele será eleito o primeiro presidente negro do país, suas filhas poderiam ter um cão ou um gato
Na verdade o candidato ficou no meio termo, com sua resposta não quis desagradar inteiramente os amantes dos animais, por outro lado não quis demonstrar demasiado sentimentalismo em favor dos animais.
Independente de gosta ou não de animais o que todos os defensores esperam é que o candidato escolhido seja sensível à causa animal, o que provavelmente não acontecerá, pois os interesses financeiros sempre falam mais alto principalmente agora diante da crise financeira americana. De toda maneira é muito interessante constatar a importância dos animais diante de uma escolha que pode mudar os destinos do mundo. Leonardo Bezerra
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