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JAPÃO VOLTA A CAÇAR BALEIAS

Enquanto que no litoral sul do Brasil as baleias são bem vindas e alvo apenas de máquinas fotográficas e de milhares de olhares dos turistas admirados com sua beleza, o Japão continua insistindo na caça às baleias. Só que dessa vez parece que diante de um tremendo fracasso, para a alegria dos defensores dos animais e pessoas preocupadas com a conservação da espécie.

Mesmo assim, o principal navio da frota japonesa partiu segunda feira dia 17 de Innoshima, próximo de Hiroshima, sob um forte esquema de segurança com destino ao santuário das baleias, o Oceano Antártico. Não houve a tradicional cerimônia de despedida. Na verdade o navio tentou zarpar na surdina para evitar protestos e principalmente o pessoal do Greenpeace. Em vão, pois mesmo assim os defensores do Greenpeace apareceram com uma faixa diante do navio Nisshin Maru com os dizeres: “Caça às baleias em julgamento” e prometeram atrapalhar a caça novamente como nos anos anteriores.

Dessa vez a caça sofre uma redução de 20%, conforme a mídia especializada, isso se tudo der certo conforme o planejado. Já a indústria baleeira pretende capturar cerca de 935 baleias Mink e 50 fin praticamente o mesmo número do ano passado

A verdade é que a indústria baleeira japonesa está em crise. Não bastasse as críticas dos ambientalistas de todo o mundo o estopim verdadeiro da crise começou quando dois ativistas locais do Greenpeace, Junichi Sato e Toru Suzuki revelaram ao público que o programa japonês de caça às baleias é caro e sem sentido, e que o mercado de carne de baleia no Japão entrou em colapso. Isso desperta nos cidadãos do país, que pagam os impostos, a exigir do governo e fim desse programa que só tende a prejudicar cada vez mais a imagem do país que nunca foi das melhores.

Dessa vez parece que a crise é tão grave que nem mesmo tripulantes necessários aos navios foram encontrados com facilidade no Japão. Assim, vários deles se recusaram a viajar depois que o escândalo de contrabando de carne de baleia foi revelado pelo Greenpeace. A frota atual enfrenta dificuldades por todos os lados sendo obrigada a contratar estrangeiros já que não foi possível conseguir uma tripulação 100% japonesa. Um outro fato que tende a contribuir para o fracasso é que o cargueiro Oriental Bluebird, que faz o reabastecimento da frota, foi recentemente multado pelas autoridades panamenhas e não acompanhará os navios japoneses ao Oceano Antártico, o que causará um impacto decisivo na capacidade de transporte de carne de baleia no regresso ao Japão. Com todas essas boas notícias para os ambientalistas e defensores dos animais, só resta mesmo é dar o golpe de misericórdia nessa indústria ambiciosa e sem sentido para o mundo moderno. Além dos defensores, e de muitos países que adotam uma atitude de peso contra o Japão, o principal rival e talvez o que venha mesmo proporcionar o golpe de misericórdia é a Austrália com seu programa para mostrar de vez aos japoneses e ao mundo que essa conversa de caça para fins científicos é pura enganação sem nenhum sentido. Claro que isso todo mundo já sabe a muito tempo.

Austrália lança programa milionário de estudos de cetáceos para desafiar o Japão

Também dia 17, coincidindo com a saída do primeiro navio japonês, o governo australiano através de seu ministro do Ambiente, Peter Garrett, lançou oficialmente um programa científico milionário, seis milhões de dólares australianos (cerca de três milhões de euros), com a única finalidade de desacreditar de uma vez por todas, a idéia de que é necessário matar baleias para fins científicos, ou seja para estuda-las. Primeiro, será uma baleia tão complicada assim que com todos as dezenas de milhares delas caçadas em anos anteriores ainda não foi possível estuda-las? Segundo, Será que no mundo ainda existe alguém tão ingênuo que acredite na farsa japonesa?

De toda maneira o tal programa australiano é muito bem vindo já que pretende provar algo facílimo de provar, “que não é necessário matar baleias para estuda-las”. O programa não letal da Austrália vai utilizar acompanhamentos aéreos e métodos acústicos, recolha de amostras e colocação de chips eletrônicos para obtenção de dados científicos. Também serão usadas técnicas genéticas modernas e outros métodos. Segundo o governo daquele país, tudo isso visa a compreensão desses animais sem ter que os matar para isso.

O referido programa contará com outros países estando aberto até mesmo para o Japão, com quem provavelmente não contará. Japão e Islândia são os únicos países que caçam mais de 2000 baleias por ano valendo-se dessa mentira dos “fins científicos”. O outro caçador de baleias a Noruega, é o único país do mundo que permite a caça comercial. Pelo menos não usa de embustes e mentiras como os dois referidos anteriormente. Os demais países do mundo não usam de tais práticas e inclusive a maioria deles promovem o bem estar das baleias criando santuários ecológicos e várias maneiras de defende-las. É o caso do Brasil, berçário das baleias onde navegam tranquilamente ao lado dos barcos lotados de turistas felizes por ter um contato tão próximo com esse ser tão maravilhoso da natureza. Leonardo Bezerra.

Santuário para baleias

O Santuário de Baleias do Oceano Antártico foi criado em 1994 pela Comissão Baleeira Internacional (CBI), abrange todas as águas que cercam a Antártica e protege três quartos das populações de baleias em suas áreas de alimentação, embora não respeitado pelo Japão. Tem o objetivo de proteger as populações mais reduzidas como as baleias azul, fin, sei e a jubarte, e também a única população de baleias que não foi seriamente afetada pela caça - as baleias-minke -, que vivem na Antártica. Existem ainda outros santuários em planejamento que poderão ampliar a área de proteção do Santuário Antártico por incluir áreas de reprodução e as rotas de migração, como as que se reproduzem nas costas brasileiras protegendo todo o ciclo de vida das populações de baleias que vivem no Hemisfério Sul.

Ao contrário do Japão que pretende destruir, o Brasil se preocupa com a conservação da espécie. Eis o conta o Site do Instituto Baleia Jubarte

INSTITUTO BALEIA JUBARTE – ORIGEM E ATUAÇÃO

“A pequena cidade histórica de Caravelas, no extremo sul da Bahia, é o ponto no continente mais próximo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Os primeiros visitantes da região foram os portugueses, que navegaram pelo rio Caravelas já em 1503. Desde então, outras celebridades como o naturalista inglês Charles Darwin também estiveram por lá, maravilhando-se com a rica fauna local, nela incluídas as baleias jubarte, muito mais numerosas antes da caça que quase extinguiu a espécie em águas brasileiras.

Em 1987, durante os trabalhos de implantação do Parque, foi redescoberta a presença de uma pequena população remanescente de baleias jubarte e sugeriu-se a importância de Abrolhos como principal “berçário” da espécie no Oceano Atlântico Sul Ocidental. Assim nascia o Projeto Baleia Jubarte, com a finalidade de promover a proteção e pesquisa destes mamíferos no Brasil. Caravelas passou, assim, de importante porto baleeiro no Brasil Colônia a sede da primeira base de um projeto de conservação de jubartes no país.

Em 1988 foram realizados os primeiros cruzeiros para fotografar as baleias jubarte, e as primeiras tentativas de estudar os animais a partir de uma estação em terra no arquipélago dos Abrolhos.

O Projeto foi posteriormente, em 1996, transformado em Instituto Baleia Jubarte, organização não-governamental que possui como missão “conservar as baleias jubarte e outros cetáceos do Brasil, contribuindo para harmonizar a atividade humana com a preservação do patrimônio natural para o benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.”

Sea Sheperd também entra na briga

Notícia que recolhemos de última hora. Se os japoneses escaparem do Greenpeace, certamente não escaparão de seu mais temido inimigo, o Sea Sheperd, a organização mais radical do mundo que não se limita a estender faixas ou atravesar na frente dos bacos japoneses, mas simplesmente partem com seus navios para cima dos navios japoneses provocando tremendas e arriscadas colisões. Eis o que diz Paul Watson, fundador da referida organização:

"O calcanhar de Aquiles dos baleeiros japoneses são os lucros. Nós vamos continuar cortar seus lucros e continuaremos a tornar a atividade baleeira mais custosa que lucrativa.

Nossa estratégia é localizar, interceptar, bloquear e assediar e, é claro, também entregar umas pequenas surpresas.

A Sea Shepherd Conservation Society viaja ao sul para representar nossas clientes – as maravilhosas baleias. O que nós fazemos, fazemos por elas. Os riscos que assumimos, fazemos por elas.

Esse é um nobre empreendimento e nossa recompensa será, como foi nos últimos três anos, a satisfação de saber que as baleias continuarão a viver ao invés de serem vítimas dos cruéis arpões.

A Sea Shepherd é única a esse respeito. Quando nossos navios entram em cena, a matança para.

Nós não temos nenhuma gravação de baleias sendo arpoadas porque quando estamos por perto eles não matam baleias – eles fogem e nós os perseguimos.

No espírito de Miyamoto Musashi, nós incrementamos a Operação Musashi com cinco abordagens e cinco atitudes como descritas no livro Gorin No Sho, O Livro dos Cinco Anéis.

Passo a passo nós viajaremos as milhares de milhas náuticas necessárias através de ventos ferozes e mares gélidos, através da densa neblina e chuva com neve, chocaremos aço com aço, onde canhões silenciarão e os gritos das baleias não serão mais ouvidos – então demonstraremos que nós, os guerreiros das baleias, somos tão determinados em servi-las como qualquer samurai tradicional e com isso, deixaremos Musashi orgulhoso". Ler mais

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