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A ANTÁRTIDA SOBREVIVERÁ AO AQUECIMENTO GLOBAL?

Enquanto o mundo finalmente acordou para a crise financeira que se anunciava há muito tempo, continua dormindo para algo ainda mais terrível que está para acontecer muito breve, são fenômenos climatológicos de grandes proporções que ocorrerão decorrentes do derretimento da Antártida. O principal deles é que toda a água de milhões de metros quadrados de gelo derretidos virão encher os oceanos elevando o nível nas regiões costeiras. Isto significa que a maioria das praias e cidades costeiras serão invadidas pelas águas. Apesar dessa ameaça ser real e praticamente inevitável, os mandatários mundiais parecem alheios a isto e voltam suas preocupações para causas insignificantes ou ao menos que poderiam esperar.

Parece que somente depois do roubo é que as pessoas põe tranca nas portas. É o caso da crise financeira que há muito se anunciava. Agora depois do acontecido é que estão correndo atrás do prejuízo. Com o aquecimento global não será diferente, só que desta vez milhões de vidas no planeta estão em jogo e dependentes de mandatários relapsos e cegos para o verdadeiro problema.

Para se ter uma idéia, semana passada uma gigantesca plataforma de gelo com 415 km2, está se desintegrando na Antártida. Cientistas avisam que só por milagre isso ainda não aconteceu. Trata-se da chamada plataforma “Wilkins” que pode separar-se do continente antártico a qualquer momento. O que ainda a liga ao continente é uma estreita faixa variando de 40 km de largura e 500 metros de espessura no seu ponto mais estreito, formando a figura de uma ampulheta. Há 50 anos essa mesma faixa tinha largura de 100 km. Quando essa faixa se romper, será absorvida pelo mar elevando seu nível.

Processo acelerado

A plataforma Wilkins antes da década de 90 cobria 16 mil quilômetros quadrados e permanecia estável. Sua desintegração começou justamente na década de 90 no auge do aquecimento global com separação de blocos de até 1000 km2 em questão de meses. Ao redor da plataforma em desintegração observa-se icebergs gigantescos à deriva.

Ao contrário do que se acreditava antes, a Antártida é o ponto mais crítico no que tange ao aquecimento global. Claro que outros danos também são visíveis como os incêndios florestais devido às secas, as violentas tempestades tropicais ocasionando inundações em grandes proporções como foi o caso recente de Santa Catarina, O que acontece é que o homem se acostumou tão rapidamente a esses fenômenos que passou a não lhes dar grande importância, mesmo diante de grandes tragédias. Mas o caso da Antártida é o mais sério e o que causará maior destruição.

O problema que os cientistas enfrentam é que baseiam suas pesquisas em modelos de derretimento para assim saber em quanto tempo o derretimento antártico ofereceria verdadeiro perigo. No entanto, o derretimento real é mais rápido que os modelos científicos, não permitindo assim que se faça uma avaliação verdadeira. Além dessas dificuldades, no mundo quase nada, ou nada se faz para deter o aquecimento global.

O efeito estufa

O efeito estufa em si é algo bom e necessário; responsável pela evaporação, pelas chuvas e pelo clima. O que o torna no vilão da história são os homens descontrolando-o através da queima excessiva de produtos que liberam gases nocivos. A atmosfera é composta de 78,1% de nitrogênio, 20,9% de oxigênio e 0,93% de argônio. Esses gases não tem quase nenhuma influência na quantidade de radiação solar que atinge a superfície da terra. Também não influem no calor que é refletido de volta a atmosfera pelo solo e pelo oceano. Por outro lado, vários outros gases que juntos não chegam a 0,1% da atmosfera, tem papel fundamental no equilíbrio entre a quantidade de luz e calor que chega ao planeta e sai dele.

Resumindo, o efeito estufa sem a manipulação humana é necessário, pois do contrário a temperatura média seria de -20ºC em vez dos 15ºC. A presença humana como responsável pelo desequilíbrio atmosférico dá-se através da liberação exagerada do dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, principal causador do efeito estufa nas últimas décadas. A maior fonte desse gás é a queima de combustíveis fósseis; carvão, petróleo e gás natural para produzir energia. O carvão mineral na alimentação de usinas termoelétricas. A gasolina e o óleo diesel derivados do petróleo movem os carros, ônibus e caminhões. Outra grande fonte do gás carbônico é a queima de madeira ligada a destruição das florestas através das queimadas.

Não só apurados estudos comprovam o aquecimento global como também suas conseqüências diretas e visíveis do desequilíbrio. 2005 parece ter sido o ano de início da vingança da natureza. Das 26 tempestades tropicais que se formaram, catorze viraram furacões. Também foi o ano recorde de furacões categoria 5, os mais devastadores; foram 3: o Katrina, o Rita e Wilma. Sendo este último o mais forte de todos os tempos. Coincidência ou não, todos no continente norte americano, justamente o maior emissor de gases.

É claro que as catástrofes não se resumem apenas aos furacões, tornados são vistos em locais onde nunca apareciam, enchentes num lugar e secas em outro provocando grandes incêndios florestais, e o pior de tudo, o derretimento rápido das geleiras, habitat natural de milhões de animais.

A influência sobre os animais.

A mídia costuma anunciar que as primeiras vitimas do aquecimento global tem nome e endereço: são os ursos polares, essas lindas e magníficas criaturas que vivem na região do ártico. Os que vivem na baia de Hudson, no norte do Canadá estão passando fome. Isto porque o período do ano em que o mar fica congelado tem diminuído cada vez mais e esses animais só conseguem caçar focas quando o mar congela, pois ficam a espreita esperando que as focas subam para respirar. Além disso, muitos morrem afogados próximo à costa do Alasca, pois os bancos de gelo estão se derretendo.

Do lado oposto, na Antártida, a situação não é diferente. O continente está encolhendo com o derretimento. Para os pingüins, principais moradores do continente, fica cada vez mais longa a distância que tem que percorrer do gelo até ao mar em busca de alimento para si e para seus filhotes. Muitos se perdem e acabam vindo parar até as praias de países tropicais como o Brasil.

Não só os animais dos pólos estão ameaçados. Também os de outros continentes. De um lado os incêndios florestais que a cada ano destroem milhares de quilômetros e todos os animais silvestres que habitam essas regiões, por outro as grandes secas, cada vez mais acentuadas. Há ainda as enchentes causadas pelas tempestades tropicais.

Os grandes vilões:

Os grandes emissores de gases excluindo o uso da terra como queimadas, etc.

1º- Estados Unidos 2º- China 3º- Rússia 4º- Japão 5º- Índia 6º- Alemanha 7º- Canadá 8º- Brasil 9º- Reino Unido 10º- Itália

Incluindo o uso da terra

1º- Estados Unidos 2º- China 3º- Rússia 4º- Brasil 5º- Japão 6º- Índia 7º- Alemanha 8º- Tanzânia 9º- Canadá 10º- Reino Unido

O Protocolo de Kyoto

Assinado em Kyoto, Japão em 1997, estabelece metas para a redução de emissões para os países do anexo I. Os países não anexos, como o Brasil, não têm nenhuma meta a cumprir. A media geral de redução é de 5,2% em relação ao nível observado em 1990 e tem que ser alcançada entre 2008 e 2012, quando se encerra o primeiro período do compromisso. Cada país tem uma meta própria de redução. Para os Estados Unidos é de 7%, Para a União Européia 8%. Para que o protocolo entrasse em vigor era necessário que pelo menos fosse ratificado por 55 países signatários da Convenção.

Nesse momento, enquanto você lê com tristeza este artigo, milhares de pingüins tem que ir cada vez mais longe mar adentro em busca do alimento para seus filhotes. Os pais, ou as mães que ficaram cuidando dos filhotes, terão que aguardar cada vez mais tempo e portanto, também passar fome, pois que para que um vá se alimentar, depende do regresso do outro. Leonardo Bezerra

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