Motivados pela ganância materialista cuja ambição não permite que a indústria poluente desvie um pingo de sua rota devastadora. Americanos e chineses, os responsáveis por 50% da emissão de gazes que provocam o efeito estufa, tiram o corpo fora às vésperas do acordo sobre o clima que aconteceria em Copenhague no início de dezembro. De quebra levam junto outros países que não estão nem ai para o aquecimento global; Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia.Os americanos alegam que o Congresso não teve tempo para preparar leis que permitam normalizar a indústria para atingir determinadas metas, nem tampouco consenso para chegar a algumas definições.
Certamente grande parte dos políticos americanos estão presos aos donos de indústria, quando não forem eles mesmos os donos, e por isso mesmo não lhes interessa nem um pouco modificações onerosas para suas indústrias. Por outro lado, tempo é o que não faltou, pois o acordo está previsto há anos. Já em 2007 analistas americanos alertavam que não haveria tempo para os EUA terem uma legislação sobre clima pronta.
O que houve mesmo são má vontade e indiferença para com o mundo que corre grande risco de uma grande catástrofe se medidas práticas não forem tomadas com urgência.
Se os americanos, que apesar de tudo, contam com grandes humanistas e se dizem um povo religioso, age dessa forma quando se trata de salvar o planeta, imagine os chineses, um povo ateu e extremamente materialista que vive para o estômago e o bem estar imediato. Ninguém deve esquecer que a China é o inferno na Terra para os animais. Lá não precisa que catástrofes naturais venham dizimá-los, as pessoas já fazem isso há anos através da indústria de peles, da bílis dos ursos, do comercio de carne de cães e gatos e muitas outras práticas terríveis contra os animais.
No barco furado da falta de compromisso e respeito pela humanidade embarcaram também Canadá, que não está nem ai para o derretimento da plataforma continental do Alasca, Japão, tradicional caçador de baleis, Austrália e Nova Zelândia.
É muito triste ver o mundo sofrendo já o prelúdio de catástrofes maiores, com enchentes, secas, incêndios, devastação da natureza em todos os meios, tenha que se sujeitar as discórdias e interesses do Congresso Americano e a falta de firmeza de Obama que se deixa levar pela maré dos políticos e da indústria interesseira. Por tudo que o mundo esperava dele, até mesmo lhe oferecendo um Prêmio Nobel da Paz antecipado, sua atitude atual é de um medroso que faz o jogo dos políticos e dos interesses materiais. Fato que não condiz nem um pouco com suas promessas de campanha e a confiança que o mundo depositou nele no início.
Essa idéia de prorrogar o acordo por mais um ano assusta os ambientalistas e principalmente defensores dos animais. Todos sabem que a contagem regressiva já começou. Os ursos polares já andam a deriva em blocos de gelo ou se aproximando demasiado de cidades em busca de alimentos. As secas matam a cada ano outros milhares de animais, incêndios e enchentes se encarregam de outros, e mesmo assim Obama sorri satisfeito ao lado das autoridades chinesas, como se tivesse obtido um grande trunfo com o fracasso inevitável do acordo sobre o clima que iria se realizar. Leonardo Bezerra
Lançamento do filme 2012, veio coincidir com o descaso sobre o acordo do clima
