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AS BALEIAS ESTÃO LIVRES; SEA SHEPHERD EXPULSA BALEEIROS JAPONESES

Finalmente uma vitória a favor dos animais. É momento de alegria em todo o mundo. Depois de algumas décadas de luta contra os baleeiros japoneses, o mais radical dos grupos em defesa dos animais, o Sea Shepherd, finalmente vê seu inimigo bater em retirada diante da forte pressão nos mares e em terra promovida pela organização. Pelo menos até a próxima temporada as baleias dos mares da Antártida estarão livres dos arpões japoneses.

A frota japonesa foi chamada de volta depois de ser chamada pelo governo japonês. O fato se deveu a intensa perseguição promovida pelo navio Bob Barker do Sea Shepherd, que não dava descanso ao Nisshin Marudesde, o navio fábrica japonês desde 09 de fevereiro.

“Tenho uma equipe de 88 pessoas muito felizes, de 23 nações diferentes, incluindo o Japão, e eles estão absolutamente encantados que os baleeiros estão indo para casa, e o Santuário de Baleias do Oceano Austral é agora, de fato, um santuário real”, disse o Capitão Paul Watson.

Apesar da vitória o Sea Shepherd não descuidará do Santuário. Seus navios, Steve Irwin, Bob Barker e Gojira permanecerão no Oceano Antártico para escoltar os navios japoneses. O Capitão Paul Watson frisou ainda que esta vitória não se deve só aos navios e suas corajosas tripulações, mas também ao povo da Austrália e da Nova Zelândia que apoiaram por todos os meios essas viagens por sete temporadas, toda implicando em grandes riscos e grandes despesas.

Segundo informações do Sea Shepherd, a caça promovida pelo Japão nesta temporada não atingiu nem 10%, estimando-se assim que mais de 900 baleias foram salvas desta vez. Mesmo que só uma baleia tivesse sido salva, já seria uma vitória, pois trata-se da vida de uma criatura bela e inocente. Mas, quando se tratam de tamanha quantidade é mesmo uma vitória estrondosa. Para se ter uma idéia, no ano passado os japoneses conseguiram assassinar 506 baleias e para esta temporada estava previsto no mínimo 850 baleias.

A frota japonesa é composta por 180 empregados distribuídos em quatro navios e suas atividades se desenvolvem a cada ano entre novembro e março. Entretanto, dessa vez estão voltando para casa mais cedo devido à pressão total dos navios do Sea Shephard que não ficam só de longe, mas partem para sua tática preferida, a colisão com os navios japoneses. É uma ação de grande risco, tensão e mesmo contra a Lei, mas única forma de parar os caçadores.

O governo japonês usa de um ardil pouco honesto para explicar a caça às baleias. Afirma que são caçadas para fins científicos. Uma história velha que nem uma criança de cinco anos poderia acreditar. Mesmo porque os fatos comprovam o grande comercio de carne de derivados de baleia no Japão.


HISTÓRIA DO SEA SHEPHERD

Quem vê um navio baleeiro japonês perseguir uma baleia durante horas até cansá-la e finalmente atirar-lhe um arpão com explosivos na ponta, sente-se impotente diante de tremenda crueldade e ao mesmo tempo com uma vontade enorme de nesse momento transformar-se num super herói e atacar sem medo o navio japonês. Para as pessoas de bom coração e os defensores dos animais isso é apenas um sonho. Mas o mesmo não acontece para o pessoal do Sea Shepherd, o mais radical e audacioso dos defensores dos animais. Eles realmente realizam o sonho de milhares de defensores dos animais de todo o mundo. Partem para cima dos navios japoneses com seus próprios navios, mesmo que isto lhes custe processos na justiça e a perda de milhares de dólares. São uma espécie de piratas do bem, vistos pela indústria baleeira como o terror dos mares. São admirados em todo o mundo e certamente odiados pela indústria. Mas enfim, são destemidos e audaciosos. São os heróis de um tempo que ainda não chegou; o tempo em que toda a humanidade estará a favor dos animais.



A história desse movimento sem paralelo em nenhum outro tempo tem início quase que por acaso em 1970 quando os então jovens Paul Watson e Robert Hunter embarcam para o Alasca com o objetivo de parar com os testes nucleares que estavam afetando aquele ecossistema. Naquele mesmo ano é criado pelos dois a ONG Greenpeace.

Apesar de ser agressiva e fazer muito sucesso, com o tempo o Greenpeace torna-se um tanto burocrática para o pensamento de Paul e Robert. Assim em 1977 ambos saem do Greenpeace para fundar uma nova ONG com uma proposta mais ativista e mais ágil com menos burocracia. Essa nova ONG, fundada pelo Capitão Paul Watson recebe o nome de Sea Shepherd Conservation Society, que em poucos anos tornaria seus voluntários conhecidos como Piratas dos Mares e passaria a ser o terror das baleeiras japonesas e de muitos outros navios da pesca ilegal.

O que não falta em seus mais de 30 anos de atuação é aventura. 11 baleeiros ilegais afundados e dezenas de barcos pesqueiros ilegais predatórios abalroados. Com esse histórico fica claro que o Capitão Paul Watson é o inimigo número um da indústria de caça à baleia. Por outro lado, é o grande herói dos ambientalistas e defensores dos animais. Não é por acaso que inúmeras vezes foi eleito como o maior ambientalista de todos os tempos por vários meios de comunicação entre os mais conceituados do mundo, chegando ao seu auge em 2000, quando entrou para a lista dos 100 maiores heróis da história.

Realizações do Sea Shepherd

Década de 70: Luta contra a matança de baleias por baleeiros piratas japoneses no Pacífico e dá início à sua campanha contra a matança das focas do Canadá.

Década de 80: Luta em defesa das baleias-piloto que estavam sendo sacrificadas nas Ilhas Faroes, e contra a captura de golfinhos em redes de pesca de atum na América Central.

Década de 90: Promove campanha de proteção as baleias cinza nos EUA. Em 1991 atual como Guarda Costeira das Ilhas Galápagos e Trinidad e Tobago. De 1999 a 2000 participa da recuperação de animais marinhos afetados pelo derramamento de óleo no litoral da França e da Turquia. Ainda na mesma época, promove na Alemanha, um boicote aos produtos provenientes das Ilhas Faroe, que continuavam matando milhares de baleias por ano.

Atualmente: Com escritórios nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Inglaterra, Holanda, França, África do Sul e Brasil o Sea Shepherd conquistou não só adeptos entre os amigos e defensores dos animais, mas também empresas, ONGs, órgãos governamentais promovendo com sucesso inúmeras atividades como arrastões de limpeza de praia, implantação de lixeiras, atividades de educação ambiental, monitoramento e fiscalização do litoral e várias outras atividades sem esquecer sua principal tarefa, impedir a caça à baleia mesmo que para isto sejam necessários meios drásticos e perigosos como o abalroamento dos navios japoneses. Mas são justamente estas atividades perigosas que mais chamam a atenção mundial para a defesa das baleias e consegue atrair a atenção de milhares de defensores já cansados de verem as conferências e outros meios pacíficos fracassarem diante do poderio japonês.(Fonte: Site do Sea Shepherd)  Leonardo Bezerra




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