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O COMÉRCIO ILEGAL DE CAVALOS MARINHOS NO BRASIL E NO MUNDO


O cavalo marinho é um dos animais mais belos e diferentes da natureza. É uma espécie de peixe que nada na vertical e tem alguma semelhança com um cavalo, por isso recebe este nome. É um animal fascinante e por tal motivo vítima do maior predador da natureza, o homem. São vendidos vivos para aquários, e mortos para souvenirs como chaveiros e outras coisas. Como não poderia deixar de ser, o maior mercado desses animais é praticado pelos chineses que chegam a comercializar 20 milhões desses animais por ano.

O cavalo marinho além de ser belo, possui algumas características tão diferentes dos outros animais que por isso mesmo chama a atenção. Igual aos camaleões, pode mudar de cor conforme o ambiente onde estão. Também conseguem girar os olhos independentes um do outro. Outra característica é que os machos é que são responsáveis pela reprodução.
O cavalo marinho é um gênero de peixe pertencente à família Syngnathidae. Vive em águas temperadas e tropicais. Tem uma cabeça alongada e uns filamentos que lembram à crina de um cavalo. A semelhança fica ainda mais acentuada pelo fato do animal nadar na vertical.

Como se não bastassem todas essas características que o torna muito exótico, a sua reprodução é também extraordinária. Os ovos postos pela fêmea são fertilizados pelo macho que os mantém numa bolsa na base de sua cauda. Depois de dois meses os filhotes estão prontos. Assim o macho realiza uma série de contorções para expelir os filhotes. Estes já nascem prontos e independentes dos pais. A primeira coisa que fazem é subir à superfície para encher suas bolsas de ar para ter equilíbrio na água. Apesar de frágeis já são totalmente independentes dos pais.

Os cavalos marinhos estão distribuídos em cerca de 30 espécies que vivem em águas rasas das regiões temperadas, e como não se movimentam muito, ficam sempre esperando que seu alimento passe nas proximidades, isto infelizmente facilita a coleta e exploração desses animais pelos humanos. Apesar de usarem uma camuflagem perfeita, como mudar de cor, devido à pesca em grande escala corre o risco de extinção.

Como já foi mencionado, a China e o mercado asiático em geral são os grandes responsáveis pela comercialização. São usados no preparo de produtos medicinais pelos chineses, indonésios, filipinos e outros grupos num total de 39 países. Além da venda indiscriminada em forma de souvenirs ou para criação em aquários.

O fato que torna este animal bastante procurado por pessoas que tem como hobby o aquário, além de sua beleza é que o animal em cativeiro dura pouco, praticamente 100% deles morre por ser bastante sensível e pelos donos de aquários não terem conhecimentos nem equipamentos apropriados. Assim a reposição desses animais é freqüente o que torna sua procura no comercio bastante grande, sem contar que seu preço é mínimo. O maior mercado importador desses animais são os Estados Unidos e Europa, devido à distância de seu habitat natural até o consumidor final, quando vivos, isto já é um fator alarmante para um animal tão sensível.

Comercio de cavalos marinhos no Brasil

Por incrível que pareça até no Brasil se comercializa cavalos marinhos, não os vindo da China como ocorre em outros países, mas daqui mesmo. O IBAMA só permite 250 exemplares para exportação por ano quando tirados da natureza, mas no caso de quando são reproduzidos em aquários o número não tem limites, e é isto o que vem ocorrendo. Todos os meses 500 cavalos marinhos são exportados do Espírito Santo para Miami. O preço é US$ 13 por exemplar, o que torna esse comercio bastante lucrativo. Isto é só um exemplo, existem centenas de reprodutores por todo o país, quase todos dedicados à exportação, pois é um comercio muito lucrativo que muito atrai aqueles que lidam com a vida como se fosse objeto.

Um outro fator que favorece o comércio ilegal desses animais no Brasil, é que os defensores dos animais em geral pouco falam sobre este tipo de tráfico, a maioria por desconhecimento do assunto. Cabe, portanto, um alerta antes que seja tarde demais como vem acontecendo com várias outras espécies.(Fontes: AquaHobby e O Globo) (Fotos: Reprodução) Leonardo Bezerra


Nem cavalos marinhos escapam da exploração humana

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