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SERÁ QUE A HUMANIDADE SE TORNARÁ VEGETARIANA?

A humanidade se tornará vegetariana? Está é uma afirmação que encontra muitos opositores. Uns, porque preferem o comodismo. Algo assim como: Por que mexer em algo que já está determinado? Outros porque têm interesses diretos no consumo de carnes, como o comércio e milhares de empregos da indústria alimentícia da carne e derivados.

A história da humanidade sempre foi assim, ligada ao comodismo e tradições equivocadas. É muito cômodo seguir a corrente mesmo sabendo que esta não é correta. É mais fácil calar. Evitam-se inimigos, promove a paz. Mas não a paz interior. Aquele que cala é amigo dos de fora, mas inimigo de si mesmo, pois não tem coragem de dizer o que pensa.

Para se entender melhor esse grande paradigma do uso de carnes, que se apresenta cada vez mais discutido em nosso tempo, vamos tomar como exemplos dois grandes inimigos da história da humanidade e que por muito tempo provocaram um verdadeiro desastre social. Um deles envolvendo a ética e a moral, que é a escravidão de seres humanos, enraizada durante milênios e que veio terminar somente no final do século dezenove, isto na maioria.

Outro exemplo do qual podemos nos valer é ligado diretamente à saúde pessoal e pública. Trata-se do fim do tabagismo, ainda não totalmente atingido. Tanto um quanto outro estão ligados ao fim do consumo de carne, pois tal consumo não é ético, como não era a escravidão, e não é saudável como não é o tabagismo.
Tanto com relação ao tabagismo quanto à escravidão, a humanidade levou milhares de anos para perceber o grave erro dessas duas práticas assim como continua demorando milhares de anos para perceber o tremendo erro do consumo de carnes.

Escravidão e tabagismo, duas pragas criadas e mantidas com mãos de ferro pelos interesses humanos nas riquezas que daí derivam uma passando por cima de toda a moral e a ética, caridade, bondade, humanismo e tudo o mais que unem os seres humanos, outra atropelando a saúde dos milhares de pessoas. Os ganhos advindos desses meios nefastos não foram maiores que os prejuízos que eles causaram. Por um lado, tornando as pessoas insensíveis ao sofrimento alheio desde a infância. Por outro, tornando as pessoas doentes e provocando-lhes morte horrível e precoce.

Falar contra tabagismo agora é fácil. Mas por exemplo na década de 50 ou 60 se alguém ousasse criticar ou for contra essa prática certamente seria tido no mínimo como um ante-social ou paranóico. Isto porque era moda, assim como hoje é moda churrascaria e lanchonetes de hamburguês. Os artistas fumavam com elegância. Entre homens, símbolo de masculinidade. Entre mulheres representava a emancipação, o futuro igualitário.

A escravidão era ainda pior. Ninguém se atrevia a discutir. As leis a defendiam e a igreja calava como se de seres humanos não se tratasse. E assim os séculos iam passando e as crianças aprendiam que tudo isso era normal. O mesmo que hoje aprendem sobre o consumo de carne. Ninguém tem coragem de explicar-lhes que por trás de cada bife há uma vida que sofreu tudo aquilo que os órgãos dos sentidos conseguem transmitir, fome, sede, frio, medo, dor e finalmente a morte, apenas para que alguém que possui milhares de outras fontes alimentícias possa saborear um bife. Ninguém lhes explica que este é o sabor do sacrifício e da dor terrível enfrentada por uma vida que nada fez de errado para merecer isto.

Só com os erros é que se aprende. É o que muito bem se pode dizer tanto sobre a escravidão quanto ao tabagismo. Foram necessários milhões de vidas para que finalmente a humanidade percebesse a monstruosidade dessas práticas. Quantos milhões ainda serão necessários para que a humanidade perceba o erro do assassinato de animais indefesos? Leonardo Bezerra

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