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NOVA LEI AMEAÇA FECHAR OS TRADICIONAIS 'CAT CAFÉS' NO JAPÃO



Os 'cat cafés', uma moda tradicional no Japão, onde as pessoas podem tomar um café acariciando um gato, pode estar com os dias contados naquele país. Nova lei que entrará em vigor em 1º de junho, não permite que os animais fiquem no local à noite após as 20 horas.

Por Leonardo Bezerra

Os cat café, embora seja uma forma de exploração dos animais, é visto por muitos defensores como a mais suave. Isto porque, o gato praticamente não faz nada em seu trabalho, além de que é paparicado o tempo todo. O problema é que estes gatos permanecem no local a noite e claro, sem a companhia dos humanos, como aconteceria se estivessem numa residência.

Mas a nova lei parece que não se preocupar muito com isto, e sim, tentar barrar o comercio de pet shops 24 horas que existe no Japão. E claro, em meio a tudo isso estão os cat cafés.

Bom para quem gosta de gato (Foto: Reprodução)
A dificuldade maior para quem quer manter o negocio com os gatos é que com a nova lei, teriam que retirar os gatos do estabelecimento diariamente antes das 20 horas, o que seria um transtorno já que os pet cafés possuem muitos gatos e transferi-los diariamente para algum local e na manhã seguinte trazê-los de volta não seria muito prático. E claro, seria muito desgastante para os gatos. Assim, a situação está num impasse sem solução até o momento.

Os clientes de cat cafés nem sempre podem comparecer ao local antes das 20 horas, pois muitos vem do trabalho e passam nos cafés para relaxar um pouco na companhia de um gato.

Um tradicional Cat Café (Foto: Reprodução)
O trabalho dos gatos é o que todo mundo gostaria de ter. Quem é que não gostaria de sombra e água fresca, comida e muito carinho? Além é claro, de pousar para fotos e ser paparicado por todos os lados. Pois é, este é o trabalho dos gatos no Japão.

Por ser um bicho carinhoso e meigo por natureza atrai as pessoas e ainda mais aquelas que gostam de animais. Esse gosto dos japoneses por gatos pode ser resultado da tremenda solidão em que vive aquele povo. Estatísticas recentes mostram que nas grandes cidades japonesas há uma quantidade muito grande de pessoas que moram só. O estresse no trabalho e a vida diária extremamente competitiva também pode ser fator de carência por carinho e relaxamento.

Um momento de carinho depois de um dia cansativo (Foto: Reprodução)
Tudo que uma pessoa estressada ou solitária procura encontra num gato. Seu jeito meigo, seus olhos meio tristonhos e seus gestos sempre parecem indicar que também querem carinho. Troca perfeita para quem está na mesma situação. “O gato se esfrega em suas pernas e você lhe faz um carinho debaixo do pescoço”.

Por isso mesmo o grande sucesso que vem obtendo os “cat cafés”; que por lá é chamada de “Neko Café”, um café onde alem dos comes e bebes o cliente tem a oportunidade de relaxar e deleitar-se com o carinho de um gato e divertir-se com suas brincadeiras. O negócio parece tão interessante que está em franco crescimento. O bom é que não precisa ser nenhum gato de raça especial, são gatos simples, alguns vindos das ruas que acabam transformando-se em estrelas dos “cafés”.

No Japão é mais fácil ir aos gatos do que criar os gatos (Foto: Reprodução) 
Outro fator decisivo no sucesso dos “Neko Cafés” é que criar animais domésticos nas grandes cidades japonesas é bastante difícil; isto porque as moradias são pequenas e na maioria dos apartamentos, são proibidos. Acrescido a isto há o caso de inúmeras pessoas que moram só e trabalham, assim não tendo quem cuide de um animal de estimação. Essa série de fatores veio contribuindo para que as pessoas procurem animais de aluguel, como cães ou se decidam a passar um tempo junto aos gatos nos cafés.

Negocio surgido em 2004 em Osaka, espalhou-se rapidamente por todo o país existindo hoje centenas deles. Alguns até se tornaram famosos como o Nekotama Cat Living, de Odaiba, Tokyo. E o faturamento é dos melhores, além do consumo, o cliente vai desembolsar 10 dólares para passar uma hora com o gato que escolher. Quem não tiver muito tempo, pode ficar meia hora pagando sete dólares. O cliente tem direito a acariciar o bichano, brincar e tirar foto. A maioria dos estabelecimentos exige algumas regras de higiene ao cliente como lavar as mãos antes de tocar no gato.





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