Trending

OS ANIMAIS ESTÃO NAS MÃOS DOS BRASILEIROS TODOS OS DIAS NAS CÉDULAS DO REAL


Contraditório ou não, a verdade é que no país onde os animais são vítimas do tráfico e sofrem de abandono, descaso e viram produtos industriais, toda sua população manipula diariamente figuras de animais presentes nas cédulas do Real.

Por Leonardo Bezerra

Animais silvestres, os mais sujeitos ao tráfico, estão presentes em todas as cédulas brasileiras. Diariamente milhões de pessoas podem ver as figuras de alguns deles presentes nas notas. Uma ideia excelente, mesmo porque nesta altura ficaria muito difícil de se encontrar brasileiros merecedores de tal homenagem. Não que não haja, mas sim porque a politicagem e o apadrinhamento geraria uma guerra entre os candidatos.



Em circulação desde o dia 29 de julho de 2013, as novas cédulas de R$ 2 e de R$ 5, vieram completar a Segunda Família do Real. O lançamento das novas cédulas teve em conta a segurança deixando as cédulas equivalentes as notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e de R$ 100, com marca-d´água, o número escondido e o alto-relevo. O processo de aparecimento das novas cédulas não requer troca. Isto se fará gradual entre as duas famílias de notas.

Os animais que estão nas mãos dos brasileiros

UM REAL: Beija-flor-de-peito-azul

Desde 2005, as notas de um real deixaram de ser fabricadas. Mas, até então, nelas aparecia o beija-flor, uma ave miúda que tem fome de leão. Esse bicho precisa estar sempre comendo, já que gasta muita energia com o movimento frenético de suas asas. Nas cidades, é fácil vê-lo visitando garrafinhas com água e açúcar, usadas para alimentá-los.

DOIS REAIS: Tartaruga-de-pente

A tartaruga-de-pente vive nos oceanos Atlântico e Pacífico, onde habita as áreas de águas rasas e os arrecifes de coral. Por séculos, o casco dessa espécie serviu para produzir vários objetos. No Brasil, era usado na confecção de pentes, um costume que deu origem ao nome popular da espécie.

CINCO REAIS: Garça-branca-grande

A garça-branca-grande, é uma ave bastante resistente que se adapta a qualquer ambiente, mesmo em rios poluídos e cidades industriais é possível vê-la. No período reprodutivo, aparecem, no dorso de machos e fêmeas, longas e delicadas penas chamadas egretas, que indicam que as aves estão aptas a se reproduzir. No passado era muito caçada por suas penas usadas na confecção. Com a proibição, hoje elas são mais vistas.

DEZ REAIS: Arara-vermelha

A arara-vermelha pode ser encontrada na Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. Se alimenta de frutas e sementes diversas, mas come também o barro dos barrancos que é rico em sódio e potássio, minerais que ajudam na sua digestão. O macho dessa espécie costuma escolher uma fêmea para viver ao seu lado por toda a vida.

VINTE REAIS: Mico-leão-dourado

Mico-leão-dourado é uma espécie é nativa da Mata Atlântica e só existe no Brasil. O desmatamento levou esse animal a quase desaparecer. Mas ainda pode ser visto em áreas que participam de projetos de conservação da natureza. Geralmente nascem em pares de gêmeos e são muito apegados à mãe quando pequenos. As famílias costumam reunir de seis a sete integrantes e sempre têm um chefe.

CINQUENTA REAIS: Onça Pintada

A Onça Pintada habita áreas de floresta onde há água, como a Mata Atlântica, a Amazônia e até mesmo o Pantanal. Este animal está mais para leões e tigres que para felinos. É discreto na caça e dificilmente é visto. No seu habitat natural, as pintas servem como camuflagem em meio à mata e facilitam a sua sobrevivência. Este felino corre risco de extinção.

CEM REAIS: Garoupa

A garoupa é um peixe comum no sudeste do Brasil. Uma característica curiosa dessa espécie é que as garoupas nascem como fêmeas e se tornam machos por volta dos nove ou dez anos de idade. Podem chegar até 120 centímetros de comprimento e podem durar 50 anos de idade. Por ser muito apreciada na culinária, está ameaçada de extinção.



Uma homenagem justa e bem pensada. Um lembrete à preservação. Pena que esses mesmos animais que estão nas notas, também geram notas aos milhões para o tráfico de animais silvestres devido as leis brandas para traficantes de animais e a miséria do país. 

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem
Jornal Defesa dos Animais
Compartilhe