Uma tragédia anunciada só esperava o momento
certo de acontecer. Fruto da ambição humana pela riqueza mineral e o descuido
com a segurança, fruto de impunidade em governos corruptos onde tudo pode ser
comprado, finalmente no dia 25 de janeiro veio a calamidade. O rompimento da
Barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho. Além das perdas humanas milhares de
animais inocentes e indefesos tiveram suas vidas ceifadas pela tragédia.
(Foto Divulgação) |
O mais triste de tudo, é vê-los agonizantes a maioria sem
nenhum socorro. Mesmo assim, agora alguns movimentos como o Conselho Regional
de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) anunciou que está
se organizando para atuar no local resgatando os animais. divulgaçao
Muito provavelmente isto ou não será possível, devido aos
riscos do estouro de outra barragem praticamente anunciada, ou pela demora onde
se encontrará os animais já mortos, pois depois de todos estes dias presos na
lama dificilmente resistem.
(Foto Divulgação) |
O Conselho, com experiência em desastres como os de
Mariana e o das inundações em Rio Casca, está ainda convocando veterinários
interessados em ajudar no tratamento dos animais. O anúncio foi feito através
de uma publicação na página do Facebook. Interessados em participar podem
entrar em contado com a médica veterinária Ana Liz, presidente da comissão.
(Foto Divulgação) |
Além das iniciativas isoladas de pessoas do local, tem
destaque também a preocupação do Deputado Noraldino Junior, da câmara de
Minas Gerais, com liminar na Justiça para que a Vale (empresa proprietária das
represas) realize o salvamento dos animais. Nestas alturas, a referida empresa,
sob forte pressão do Governo Federal e da população em geral, possivelmente no
que menos vai pensar é com relação aos animais.
(Foto Divulgação) |
Como esperança, pelo menos para amenizar, o Presidente Jair Bolsonaro, esteve sobrevoando o local, sem descer pois o helicóptero muito grande, poderia atrapalhar os outros que estavam em missão de salvamento. Foi anunciado também por Bolsonaro, que equipes de Israel com equipamentos especiais para esse tipo de resgate poderão estar ajudando em breve. (Leonardo Bezerra)
Alguns cuidados para quem mora em lugares de enchentes e
deslizamentos
Pensando nesses nossos irmãos é que enumeramos aqui alguns
conselhos ou ideias para ao menos ajudar-lhes a sobreviver às enchentes. Quem
não tem nenhum animal, pode ao menos aconselhar ao vizinho, aos parentes ou
qualquer pessoa que os tenha.
Gatos
Por incrível que possa parecer, os gatos, por sua facilidade de
subiram em telhados ou qualquer lugar de difícil acesso, são os que tem mais
chance. Claro que isso só é possível quando criados soltos, ou ao menos quando
alguém fugir de casa por causa da enchente, pelo menos deixe o gato sair antes
de fechar a porta, ele sabe o que fazer.
Cães
São os que correm maior risco. Os que são criados soltos
na maioria das vezes sabem se virar, pois são bons nadadores. O grave perigo
está para os que são criados amarrados a uma corrente que na maioria dos casos
não tem nem dois metros de comprimento. Para esses os donos devem solta-los
imediatamente assim que perceber que as águas estão subindo ou mesmo antes.
Pois na maioria das vezes a subida das águas é muito rápida. Uma boa ideia para
quem tem cães no quintal em locais de enchente é deixá-los sempre soltos e
manter uma escada encostada ao telhado ou algum ponto alto da casa. Na hora do
aperto o cão subirá por ela e ficará no telhado.
Aves
Na maioria são pequenos pássaros criados em gaiolas. Para
esses a única solução é nunca esquecê-los em locais baixo sujeitos ao
alagamento. Assim como costumam subir os móveis para locais não atingíveis pela
água, o mesmo deve ser feito com os pássaros e outros pequenos animais criados
presos como peixes, roedores, etc.
Abandono de casa
Quem for obrigado a abandonar a casa por esta se encontrar
condenada em área de risco, deve pensar em seus animais. Os cães facilmente
podem acompanhar o dono para casa de parentes ou outra casa. Os animais mantidos
em gaiolas também podem ser transportados para qualquer lugar. Os que
apresentam maiores problemas com uma mudança rápida são os gatos, pois são
muito apegados ao local onde foram criados.
Quando se tratar de mudança para
uma outra casa, deve-se leva-los com cuidado e bem presos, pois se assustam com
facilidade, de preferência numa maleta ou caixa apropriada para transporte de
animais. Na nova casa é importante que ele encontre as mesmas coisas que tinha
na anterior, o mesmo cheiro, móveis, sua casinha ou almofada. É importante
também que não seja solto de uma vez, mas que vá se adaptando aos poucos.
Quando a mudança é para casa de parentes a situação é ainda mais complicada e
dependendo do temperamento do gato, nunca se adapta e sempre tenta fugir. Neste
aspecto, gata tem mais facilidade de adaptação que os gatos. (Leonardo Bezerra)