Referindo-se ao assunto, Ralf Sonntag, do Fundo Internacional para o Bem-Estar dos Animais disse: "Acho que foi uma semana decepcionante para as baleias. O Japão volta pra casa sem nenhuma votação ou resolução contra si. A Islândia iniciou uma nova rodada de caça comercial da baleia pouco antes desta conferência. Portanto, eles não a estão levando a sério. Nada foi alcançado para as baleias".
Na verdade o encontro realizado com tanta esperança por parte das nações que são contra a caça, terminou sem nada de positivo no que se refere ao Japão. Este volta para casa com a permissão dada a si mesmo anos atrás de caçar 1000 baleias por ano para os tais fins científicos mais a ameaça de voltar à caça comercial a exemplo da Noruega e Islândia que as caçam a vontade desafiando o acordo de 1986.
O único pequeno ponto positivo para as nações contrárias e os defensores dos animais foi o bloqueio de um pedido feito pela Groenlândia no sentido de aumentar sua cota para este ano. Os defensores basearam sua defesa por motivo daquele país estar usando a carne de baleia comercialmente e não para subsistência conforme as concessões dadas às áreas indígenas da Groenlândia, Alasca e áreas árticas da Rússia.
As nações ocidentais poderosas muito bem poderiam ter impedido a vitória do Japão, não fosse também sua ambição pelo dinheiro, nesse caso não com interesses nas baleias, mas nas atividades comerciais que matem com o Japão. Principalmente quando o Japão é um cliente importante na compra de matérias primas do ocidente. Assim, quem paga mesmo à conta é a natureza, é a vida e o sofrimento desses milhares de animais que nem sequer tem o direito de nascer e viver livremente sem estar sujeito a garra desse terrível predador que é o homem. Leonardo Bezerra